A JUSTIÇA A CAMINHO DA CONTRA-MÃO DA HISTÓRIA.

Ministro da Justiça sai em defesa
                   de Palocci e diz não ver “ilegalidades”

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta terça-feira (17) que não vê qualquer ilegalidade no fato de o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, ter multiplicado por 20 seu patrimônio em quatro anos, conforme publicou, no último fim de semana, o jornal Folha de S.Paulo.
- O ministro Palocci é uma pessoa que tem a minha confiança pessoal. Portanto, eu não vejo absolutamente nada nesse episódio que possa abalar a sua vida pública em qualquer das suas dimensões.

Cardozo se une, desta forma, a outras vozes do governo que já saíram em defesa de Palocci, entre eles o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o vice-presidente, Michel Temer, e a própria presidente Dilma Rousseff.
Hoje, mais cedo, após dizer que estava curada de uma pneumonia e ao ser questionada se a saúde de Palocci também estava bem, em uma referência às suspeitas que pairam sobre o crescimento de seu patrimônio, Dilma respondeu que a saúde de seu assistente vai bem.
Em sua defesa, o ministro enviou hoje um e-mail a líderes partidários no Senado citando como exemplo ex-ministros da Fazenda e presidentes do Banco Central, como Pedro Malan, Armínio Fraga e Henrique Meirelles.


Na mensagem, argumenta-se que é comum a valorização no mercado de pessoas que ocuparam esses cargos. “No mercado de capitais e em outros setores, a passagem por Ministério da Fazenda, BNDES ou Banco Central proporciona uma experiência única que dá enorme valor a estes profissionais no mercado”, diz o texto.
De acordo com a reportagem da Folha, Palocci adquiriu, entre 2006 e 2010, período em que foi deputado federal, um apartamento avaliado em R$ 6,6 milhões e um escritório de R$ 882 mil. O ministro nega irregularidades na evolução patrimonial. (fonte portal R7)

Isto abre um precedente enorme a todos, sejam políticos ou não, que enriquecem absurdamente em um curto espaço de tempo e pelo fato de serem amigos ou pertencerem ao mesmo grupo político, fica por isso mesmo, na chamada vista grossa. Se a justiça não se manifestar, aí então veremos a mesma a andar na contra-mão da história.


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