
O patrimônio do ministro, segundo a reportagem, cresceu 20 vezes em apenas quatro anos, período em que Palocci exercia cargo de deputado federal e recebeu salários que somavam R$ 974 mil. Palocci afirma que os imóveis foram adquiridos com recursos que sua empresa Projeto recebeu no período em que trabalhou com consultoria, quando ele exercia o mandato de deputado federal.
"Para afastar qualquer dúvida sobre a retidão e a lisura do comportamento de um importante Ministro de Estado, seria necessário que a Procuradoria-Geral da República abrisse uma investigação - talvez com o auxílio da Polícia Federal, para investigar os fatos aqui relacionados", afirma o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), na representação.
O documento sugere que a empresa de Palocci aparentemente "esteja sendo utilizada como um mero anteparo para escamotear o crescimento vertiginoso" do patrimônio pessoal do ministro-chefe da Casa Civil e pergunta quais eram os clientes, os serviços de consultoria prestados e o faturamento da empresa.
"Se o ministro detinha 99,9% do capital social, porque ele não optou por fazer a retirada de lucro e registrar os imóveis em seu próprio nome, ou seja, como pessoa física? Como o Ministro encontrava tempo para administrar a empresa, se exercia o mandato de deputado federal e seu sócio minoritário reside nos Estados Unidos?", questiona o texto da representação.
"Como se vê, muitas dúvidas permanecem, posto que tais questões não foram devidamente esclarecidas pela reportagem. É possível que, por trás dessas dúvidas, exista a prática de algum (ou de alguns) crime(s) contra a administração pública", afirma o documento.
(Fonte: Agência Estado)
Comentários