EX-GOLEIRO BRUNO DO FLAMENGO DENUNCIA EXTORÇÃO.

Juíza, advogado, policial e delegado são acusados de pedir dinheiro ao goleiro para facilitar sua libertação.

Belo Horizonte: Após quase um ano preso, acusado de mandar matar a ex-amante Eliza Samudio, de 25 anos, o goleiro Bruno Fernandes resolveu partir para o ataque. Ontem, ele, o advogado Cláudio Dalledone Júnior e a noiva do atleta, a dentista Ingrid Calheiros Oliveira, acusaram a Polícia, advogados e uma magistrada de tentar extorquir o jogador para inocentá-lo durante as investigações ou ao menos permitir que ele aguarde em liberdade o julgamento por júri popular pela morte da jovem, ainda sem data marcada.

Em depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas, o goleiro voltou a alegar inocência e confirmou denúncias já apresentadas por Ingrid, de que a juíza Maria José Starling, o advogado Robson Pinheiro e um policial de nome Leandro teriam pedido R$ 1,5 milhão para conseguir sua libertação. Eles "garantiam" a concessão de habeas-corpus.

Bruno afirmou também que o chefe do Departamento de Investigação de Homicídios de Proteção à Pessoa (DIHPP), delegado Edson Moreira, teria pedido R$ 2 milhões. Moreira teria pedido o dinheiro para que a culpa, na conclusão do inquérito, fosse jogada em um adolescente e no braço direito do atleta, o "Macarrão".

O delegado afirmou que a acusação é "requentada" porque já teria sido feita por um ex-advogado do goleiro, Ércio Quaresma. Em nota, o advogado Robson Pinheiro negou as acusações e alegou que não teria poderes para garantir a libertação do réu. Já a juíza Maria José nunca quis se pronunciar sobre as acusações.

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